quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Envelhecimento do tecido cerebral



Olá pessoal, nesse último post vou falar para vocês sobre os efeitos do envelhecimento sobre o tecido cerebral. 

O encéfalo é o centro de controle do corpo humano, recebendo estímulos e respondendo a eles. O encéfalo é formado por uma rede de neurônios interligados e envolvidos por células de glia que dão suporte, nutrem e contribuem para a transmissão dos impulsos nervosos. A principal parte do encéfalo é o cérebro, que é um órgão com pouco mais de um quilo, mas que tem altíssima demanda energética, 

sendo o maior consumidor de glicose do corpo humano. A capacidade do cérebro de processar e guardar informações está intimamente ligado com as conexões que ocorrem entre os neurônios que o formam.

O envelhecimento, assim como outros tecidos e órgãos, afeta o cérebro, causando mudanças físicas e químicas. Estudos recentes tem mostrado que há uma diminuição da massa cerebral de algumas partes de cerca de 1% ao ano. Outros estudos mostraram um aumento da massa cinzenta, que contem o corpo dos neurônios, entre a adolescência e velhice, enquanto a massa branca, que contem os dendritos e axônios dos neurônios, sofre diminuição depois dos 40 anos.

Uma mudança que pode ter grande relação com o declínio das funções cognitivas do cérebro é a diminuição da capacidade das células de lidar com o cálcio. O cálcio está ligado à propagação dos potencias de ação, que transmitem os impulsos nervosos. Essa diminuição de capacidade tornaria os neurônios menos plásticos, ou seja, mudanças nos padrões e forma de transmissão dos impulsos nervosos em resposta a mudanças ambientais, por exemplo.

Outro fator químico relacionado ao envelhecimento do tecido cerebral é o estresse oxidativo. O estresse oxidativo é um estresse fisiológico causado por danos cumulativos de radicais livres não neutralizados pelos antioxidantes. O cérebro é um dos tecidos mais sensíveis do corpo a danos oxidativos. O dano oxidativo acumulado está relacionado a doenças neurodegenerativas. Os principais contribuintes para esse dano causado ao cérebro é a oxidação de proteínas, peroxidação de lipídios e mudanças oxidativas no DNA.

Além desses fatores, ainda estão relacionados ao processo de envelhecimento alterações bioquímicas nos neurotransmissores, que são a forma como os neurônios se comunicam, como a dopamina, serotonina e ácido glutâmico.

É isso ai pessoal, encerro aqui meu último post no blog =)

Postado por Fernando Nóbrega

Fontes: Craik, F.; Salthouse, T. (2000).
The Handbook of Aging and Cognition (2nd ed.). Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum. ISBN 0-8058-2966-0.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Um Passo a Mais Para a Descoberta da Cura do Alzheimer

 Oi galera! Hoje eu vou mostrar algo muito interessante a vocês, uma pesquisa muito recente que relata sobre a descoberta de uma substância que pode ser importante na cura da doença de Alzheimer. Essa pesquisa foi publicada nessa segunda feira, dia 17 de setembro, pela revista Molecular Neurodegeneration.
A substância descoberta foi a enzima BACE2 (ß-site amyloid precursor protein-cleaving enzyme). Já era de conhecimento científico que essa protease é capaz de atrapalhar o processo de síntese da ß-amiloide. No post sobre o Alzheimer, eu tinha falado que essa doença era desencadeada por mutações no gene que codifica a proteína APP. Essa proteína é a precursora da ß-amiloide, e ela é clivada em dois pontos determinados para se transformar em ß-amiloide. A BACE2 cliva a APP em pontos diferentes, e isso impede que esta seja convertida na proteína causadora do Alzheimer. Entretanto esse papel da BACE2 só é eficiente na prevenção da doença, ele não é capaz de curá-la
O que é novidade na pesquisa é o fato de essa enzima degradar ß-amiloide em três ligações peptídicas: Phe19-Phe20, Phe20-Ala21, e Leu34-Met35. A eficiência da BACE2 nessa destruição é maior que a da maioria das proteases degradadoras de ß-amiloide (AßDPs). Entretanto a pesquisa também relatou que a BACE2 é capaz de destruir ß-amiloide apenas no meio intracelular, o que restringe seu papel, já que o Alzheimer é caracterizado principalmente por deposição de ß-amiloide no meio extracelular. Outras AßDPs, apesar de serem menos eficientes que a BACE2, são capazes de atuar em regiões extracelulares.
Algo curioso de ser colocado aqui é que a BACE2 é muito semelhante à BACE1. Entretanto enquanto a BACE2 contribui para inibir a síntese de ß-amiloide e para destruí-la, a BACE1 é responsável pela produção da ß-amiloide, já que ela realiza a clivagem da APP nos pontos certos para essa síntese.
É evidente que a doença de Alzheimer ainda não possui cura, e isso ainda exige muitas pesquisas. Contudo é importante perceber que a descoberta de novas substâncias relacionadas a esse mal contribui de forma relevante para que essa cura seja encontrada. Por essa razão, a pesquisa sobre BACE2 certamente é de extrema importância para o alcance desse objetivo.


Postado por: Daniela Pinheiro

Referências Bibliográficas:

terça-feira, 18 de setembro de 2012

O Controle do Ciclo Celular


O próximo tópico está relacionado com a regulação do ciclo celular. Já vimos em outras postagens que o ciclo celular apresenta uma importância imensa no envelhecimento, pois para que o corpo envelheça tardiamente é necessário que novas células sejam constantemente repostas. É nesse contexto que se insere a importância de métodos de reparações no ciclo celular, que garantem que possíveis erros no ciclo celular sejam concertados e que o pleno funcionamento do ciclo ocorra. Antes de abordar o controle do ciclo celular é importante dar uma introdução rápida sobre o ciclo celular.

O ciclo celular é composto por duas fases, a intérfase, em que a célula se prepara para a divisão, e a mitose, que é a divisão celular propriamente dita. Nessa postagens focaremos mais na fase da intérfase, que é quando o controle do ciclo ocorre. A interfase é composta por uma fase G1 que prepara a célula para a entrar na fase de duplicação do DNA, a fase S onde ocorre a duplicação e a fase G2 que prepara o organismo para entrar na mitose.

Uma das principais proteínas que atuam no ciclo celular, a p53, atua no ponto G1, anteriormente a duplicação do DNA. A proteína p53 atua na regulação negativa do ciclo celular, ou seja, inibindo que o processo ocorra. A proteína p53 geralmente se encontra na forma inativa, acoplada com a proteína mDm2. Quando o DNA é por alguma razão danificado, a proteína p53 se desliga da mDm2 e é fosforilada, levando a um aumento de sua concentração. A proteína p53 em elevadas concentrações ativa a transcrição de um gene codificador da proteína p21, que inibe proteínas CDKs imprescindíveis para a continuação do ciclo. Assim, a proteína p21 impede que o ciclo continue ate que o dano no DNA seja reparado, impedindo assim que danos maiores ocorram. As mutações na proteína p53 são as principais responsáveis pela multiplicação desregulado de células e a formação de tumores, que tendem a aumentar com a idade. No decorrer do envelhecimento, o corpo perde a sensibilidade da proteína p53 ao DNA danificado, o que facilita a ocorrência de erros e compromete o metabolismo celular.


Outro tipo de controle do ciclo celular se baseia na proteína pRb. Na passagem da fase G1 para a fase S, a proteína E2F, responsável pela produção de enzimas relacionadas com a síntese de DNA precisa estar ativada. Normalmente , porém, esta enzima se encontra na forma inativa, acoplada a uma proteína inibidora, denominada a proteína pRB. Como ocorre, então a ativação dessa enzima de importância imensurável? Ocorre com a ajuda do complexo CDK2/CE que fosforila e inativa as proteínas pRb, possibilitando que a E2F atue no ciclo e ele continue. Mutações no gene pRb podem ser passadas para a proteína traduzida, o que gera proliferação desenfreada e formação de neoplasias, que também aumentam com a idade.

Agora você sabe um pouco mais sobre a regulação do ciclo celular! Esperam que tenha gostado!
Postado por: Artur Burle

Bibliografia:
Fundamentos da Biologia Celular 3ª Ed. 2011 - Karen Hopkin; Dennis Bray; Bruce Albert 

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Gorduras: Vilãs ou Heroinas


A reportagem “ A Redenção das Gorduras” da revista Veja, publicada no dia 27 de Junho de 2012, busca desmitificar a ideia, que está enraizada na mente da maior parte da população,de que a gordura é um vilão do corpo humano. De fato, as gorduras exercem funções extremamente significativas no organismo e no metabolismo humano. Além de fazerem parte da fabricação de hormônios sexuais e participarem do armazenamento das vitaminas A, B, E e K nas células, as gorduras também auxiliam na integridade da membrana plasmática, ação esta, indispensável para o pleno funcionamento do organismo. Além das funções citadas, os triacilgliceróis são utilizados como reserva energética quando há baixa de glicose e sua quebra é estimulada pelo hormônio glucagon.     Todavia, as gorduras, quando em excesso, apresentam riscos catastróficos para o corpo humano. As gorduras saturadas e polinsaturadas, são as principais causadores de obstruções nos vasos sanguíneos e das doenças cardiovasculares. Durante o processo de envelhecimento também se percebe alguns dos efeitos negativos das gorduras. Foi descoberto recentemente que a gordura, mais especificamente, o tecido adiposo representa um órgão do sistema endócrino. Nas pessoas mais idosas, ocorre um aumento do tecido adiposo no organismo devido à perda de massa muscular em que as células musculares serão substituídas por adipócitos. Esse aumento do tecido adiposo intensifica os efeitos negativos e prejudiciais ocasionadas por esse tecido.


Relação do consumo de gorduras insaturadas e doenças cognitivas

É comum ocorrer diminuição da capacidade cognitiva com os indivíduos no processo de envelhecimento. A doença de Alzheimer, por exemplo, afeta profundamente a vida das pessoas portadoras, muitas vezes tornando-as incapazes de viverem sozinhas.
Estudos recentes tem tentado mostrar a ligação da dieta de macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras) e a ocorrência ou não do declínio da capacidade cognitiva pela idade. Esses estudos mostraram que essa relação existe apenas com o consumo de gorduras mono e poli-insaturadas. Faixas de população que consomem grandes quantidades de peixe em sua alimentação (alimento que possui muitos ácidos graxos insaturados) mostraram bons resultados no que tange a doenças neurocognitivas, por apresentarem uma menor incidência de tais doenças . Esse e outros estudos sugerem que o alto consumo de gorduras mono e poli-insaturadas ajuda a evitar o declínio da capacidade cognitiva relacionada a idade.



Bibliografia:
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0197458005003039
Revista Veja- Reportagem "A Gordura do Bem"


domingo, 9 de setembro de 2012

Comer menos faz viver mais?


   Oi de novo pra quem procura saber mais sobre a bioquímica do envelhecimento!
    Hoje, trataremos de um tema muito interessante e que teve bastante repercussão na mídia ultimamente, principalmente pelos resultados recém-publicados de pesquisas respeitadas: A restrição calórica e o retardo do envelhecimento.
    Muitos pesquisadores têm tentado provar uma relação entre uma dieta com restrição calórica e o aumento da longevidade, alguns desde os amos 80, inclusive. Atualmente saíram resultados dessas pesquisas e o que se pôde perceber é que existe uma relação entre o processo de envelhecimento e esse tipo de dieta, porém os mecanismos bioquímicos e intracelulares não estão claros.
   As pesquisas com modelos animais se tornaram muito esclarecedoras, contudo não consegue-se determinar até onde podemos aplicar os conhecimentos delas provenientes aos seres humanos. Em experimentos com ratos observou-se ser diretamente proporcional a diminuição percentual da dieta calórica e o aumento na expectativa de vida máxima, contudo experimentos com macacos, publicados na revista cientifica Nature, não demonstraram aumento em suas expectativas de vida. Porém em ambas foi verificado um retardo no processo de envelhecimento, diminuindo a incidência de doenças crônicas como: arteriosclerose, insuficiências cardíacas, diabetes, hipertensão, doenças auto imunes, cânceres (inclusive os mais comuns nos humanos: de mama e próstata), Alzheimer e Parkinson – observou-se uma diminuição na neurodegeneração, na deposição de placas amilóides e no déficit motor.

Placas amiloides na Doença de Alzheimer.
Receptores de insulina na membrana plasmática.

   Como já disse os mecanismos bioquímicos relacionados a esse evento não estão claros. Suposições, entretanto, são feitas. Uma delas é que a diminuição da ingestão de calorias leva à maior sensibilidade à insulina pelas membranas dos órgãos hepático e muscular, e isso poderia retardar o envelhecimento. Acontece que, com a diminuição das calorias, os níveis de glicose sanguínea diminuem, levando à diminuição da produção de insulina e do tecido adiposo. Este é produtor de inúmeros hormônios, alguns relacionados à inflamação e outros à sensibilidade à insulina. As alterações nesse órgão poderiam levar à diminuição daqueles e aumento destes, aumentando a expectativa de vida.
   Outra suposição é relacionada à diminuição do metabolismo respiratório celular, levando à diminuição na produção de espécies reativas de oxigênio, evitando a oxidação desenfreada de membranas e outras estruturas celulares, além de intensificar o processo de reparação do DNA. Percebe-se uma diminuição nas inflamações nesse caso também, já que danos oxidativos desencadeiam a expressão de genes pró-inflamatórios.
Ação da proteína quinase A.
   Molecularmente falando, existem teorias que relacionam a dieta restritiva e a longevidade. Uma delas propõe a via da proteína quinase A como responsável, esta está relacionada à diminuição dos níveis de glicose e a AMPc. Outra propõe a via sinalizadora de proteínas chamadas sirtuínas, que têm suas concentrações aumentadas nesse tipo de dieta. Já se relacionou a ação destas à indução da biogênese mitocondrial e ao aumento da oxidação de ácidos graxos nos músculos; ao aumento da mobilização de gordura e à diminuição da adipogênese no tecido adiposo; além de influenciarem a ação das mitocôndrias, parecendo reduzir o estresse oxidativo. Tudo isso leva à suposição de agirem em prol do aumento da longevidade.
   O interessante é que, apesar de não serem certos os efeitos sobre os humanos, observou-se uma diminuição na mortalidade por doenças coronariana em países europeus com a escassez de alimentos na Segunda Grande Guerra. Além disso, observou-se em pessoas que praticam por livre e espontânea vontade a dieta de restrição calórica uma menor porcentagem de gordura corporal, pressão sanguínea menor, assim como aumento da sensibilidade à insulina, baixos níveis de marcadores inflamatórios e baixa concentração de triiodotironina.
   Contudo, nem tudo são flores. Observou-se em indivíduos com essa dieta uma diminuição na densidade mineral óssea total do quadril e da coluna lombar. Além disso, não se conseguiu determinar até qual porcentagem de diminuição no consumo de calorias seria benéfica. Por isso seria melhor esperar por mais resultados de pesquisas em humanos para se adotar esse novo perfil de vida.
  
 Agora, algumas curiosidades que a pesquisa com ratos demonstrou:
  1. A prática de exercícios físicos não aumenta a expectativa de vida, apesar de melhorar a saúde.
  2. Uma dieta gordurosa não apressa o envelhecimento, o que o faz é o excesso de calorias.
  3. O que determina a expectativa de vida não são o grau de adiposidade e sim a quantidade de calorias ingeridas.
  4.  A genética é menos expressiva do que o ambiente, assim uma genética de alta expectativa de vida não se expressará se o ambiente impuser baixa expectativa de vida.


   Bom, espero que eu tenha esclarecido para vocês esse assunto novo e importante e todos os outros que eu postei! E agora minha missão está cumprida! Tchauzinho!


Referencias : 


Postado por Fernanda Cruz.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Envelhecimento do tecido cardíaco



Olá pessoal, vou falar hoje sobre o envelhecimento do coração. 

O coração é o principal órgão do sistema cardiovascular e é um dos mais importantes órgãos do corpo humano. Ele é responsável por bombear o sangue pelo corpo, transportando assim nutrientes, gases, hormônios, água, células, etc. Ele é formado por um músculo especial, o tecido muscular cardíaco e é revestido por uma camada fibrosa chamada pericárdio.

Com o envelhecimento do corpo humano, o coração ao invés de atrofiar como os outros tecidos musculares do corpo, ele hipertrofia. Isso acontece porque os vasos sanguíneos se tornam menos elásticos, fazendo com que o coração precise se esforçar mais para bombear o sangue para o corpo. Esse esforço adicional provoca crescimento das células cardíacas.

Além da hipertrofia, a velhice acarreta mudanças na composição do endocárdio. Algumas das células cardíacas são substituídas por tecido fibroso, o qual não tem a capacidade de contração do tecido muscular cardíaco. Há depósitos de gordura nos átrios e septos interventriculares. As valvas do coração, que são compostas predominantemente de colágeno, sofrem degeneração, espessamento e calcificação de suas estruturas. O tecido que envolve o miocárdio também sofre alterações. Ele se torna mais espesso e opaco e há aumento da gordura pericárdica. 

O tempo leva ao envelhecimento e degeneração das células do marcapasso, o que altera a condução cardíaca, responsável por controlar o ritmo dos batimentos do coração. Apesar de não haver alterações no ritmo cardíaco quando o individuo está de repouso, essa degeneração pode causar arritmias e de doenças como a doença no nó sinusal.

Esse conjunto de mudanças torna o coração menos eficiente em sua função de bombear o sangue, causando cansaço por exemplo. Quando o envelhecimento natural é somado com um estilo de vida ruim – sedentarismo e alimentação rica em gordura, essas mudanças podem acontecer de tal intensidade que o coração para de funcionar e o individuo, morra. O infarto do miocárdio é uma das causas de morte mais comuns do mundo.

Mais um motivo para levar uma vida saudável. Pratique esportes, coma bem, evite estresse. Cuide do seu coração!



Postado por Fernando H. M. Nóbrega

Fontes: http://www.idosofisioabdala.com/86101/86185.html

http://www.dietadiet.com.br/interna.asp?materia=104

domingo, 19 de agosto de 2012

As Proteínas do Envelhecimento


Já aprendemos que o processo de envelhecimento apresenta uma relação direta com o metabolismo celular, devido a formação de radicais livres que esse metabolismo pode gerar. Sabemos também que as proteínas possuem diversas funções que auxiliam o pleno funcionamento dos processos metabólicos, e , portanto, apresentam também uma influência direta no envelhecimento. Nesse post, apresentaremos as proteínas que apresentam essa relação e como uma falha na função destas pode produzir um efeito cascata devastador para o organismo.
A primeira proteína a ser abordada é a proteína eIF5A, que até hoje representa um mistério para a comunidade científica. A proteína eLF5A apresenta uma diferença dentre as outras, pois possui em sua estrutura primária, o aminoácido hipusina. Esse aminoácido resulta de um processo denominado Hipusinaçao, que consiste na transformação de um resíduo de Lisina em Hipusina. A proteína eLF5A esta envolvida com o processo de síntese protéica, porem a sua função ainda é desconhecida. O que se sabe é que esta proteína apresenta uma relação direta com a perda de memória durante o envelhecimento. A proteína eLF5A se situa tanto em dendritos como em corpos celulares do neurônicos. Essa localização possibilita que o a eLF5A auxilie na síntese protéica dendritica e garante que as sinapses ocorram. Estudos demonstram que o conteúdo de eLF5A no organismo reduz em ate 50% em ratos idosos quando comparada com os adultos, e essa redução pode explicar a perda de memória que ocorre em organismos mais idosos.
Outras proteínas que apresentam influência direta no envelhecimento são a Par-4 e a Caspade-3, pelo suas respectivas ações no apoptose. A apoptose consiste na morte programada pela célula provocado por algum sinal ou fator intracelular ou extracelular. No decorrer do envelhecimento, a freqüência das apoptoses tende a aumentar, devido a desordens neurológicas. É nesse contexto que se insere a importância de proteínas como a Par-4 e a Caspade-3, pois ambas apresentam papel essencial na sinalização apoptótica . A proteína Par-4, se apresenta mais abundantemente em células que estão morrendo, e sua ativação pode levar a disfunções mitocôndrias e eventualmente a morte celular. A proteína Caspade-3 também é imprescindível para iniciar a sucessão de eventos intracelulares que levaram a morte celular. “Estudos evidenciam que o nível de estresse oxidativo pode levar a celular a morte, possivelmente pela modulação diferenciada da atividade das caspases. (Hortelano et al., 1997; Leist et al.,1997). Essas proteínas são encontradas mais freqüentemente no tecido nervoso. 
Há diversas pesquisas em andamento a respeito de proteínas do envelhecimento. Dentre elas as mais pesquisadas são, a proteína SIRT6, pela sua participação na estabilidade genômica e a Estomatina, pela sua ação na parada da divisão celular. Conhecer bem os efeitos dessas proteínas pode ajudar a elucidar alguns mistérios do envelhecimento. 

Bibliografia:
 http://www.methodus.com.br/artigo/835/mais-vida-nova-rota-para-a-longevidade.html
 http://www.usp.br/agen/?p=5889

Postado por: Artur Burle